Nós, gente do rugby, gostamos, mostrando o diferente que nos sentimos, de publicitar a definição do jogo no conceito "um jogo de rufias jogado por gente bem-educada" - já não por cavalheiros porque, como também sabemos, os homens não são únicos na modalidade.
E há toda uma profunda razão para o definirmos assim. Desde sempre o jogo de rugby tem uma ética própria subordinada a um conjunto de valores que se estabelecem no seu "Código do Jogo". De facto, existe toda uma maneira de estar que se pretende diferente e tradutora de uma cultura distinta em que o respeito, o "fair-play", o espírito colectivo de equipa, o companheirismo, a abnegação, a boa educação constituem algumas das componente de valores e atitudes que formatam a envolvente do jogo.
E assim sendo, é natural que possamos utilizar, com orgulho, a marca da diferença - um amigo meu, médico e frequentador internacional de estádios de futebol, viu, pela primeira vez, um jogo de rugby no França-All Blacks do centenário da FFR: não julgava possível, dizia, a confraternização permanente entre os espectadores adversários que o rodeavam. Espantado, tornou-se adepto.
Mas se pretendemos sê-lo, devemos, no mínimo, parecê-lo. E o que se passa à volta dos nossos campos em dia de jogo não pertence a este mundo idílico que pretendemos transmitir aos de fora. Espectadores, antigos jogadores na sua maioria, insultam árbitros e adversários, chamam nomes a quem bem querem e comportam-se como rufiotes numa constante demonstração arruaceira, deixando - para inglês ver - a proclamação da pretendida boa educação.
O jogo de rugby não é fácil de gerir. Os árbitros, como os jogadores, têm dificuldades na análise da sequência pela rapidez da acção e pelo número de intervenientes. Mas próximos e se pertencentes ao mesmo patamar, vêem melhor e analisam quase sempre melhor. E, na grande maioria dos casos, tomam a decisão correcta e são os espectadores que, ignorantes da Lei, protestam violentamente, impondo a emoção à razão, pressionando para que a sua cor, apesar de faltosa, deixe de ser "roubada!".
Nada deste comportamento se justifica ou ajuda o rugby do Brasil no seu desenvolvimento e progressão. Pelo contrário: desfocaliza jogadores, pressiona treinadores e árbitros de forma desadequada, retira lucidez aos intervenientes e transforma o jogo num espectáculo nada dignificante e que só diminui o campo de influência da modalidade.
Precisamos de melhorar todos os dias o rugby que se joga em Brasil l. Para o que necessitamos de melhores treinadores, melhores jogadores, melhores árbitros, melhores dirigentes. Numa vontade que dispensa claramente os piores exemplos da Blood, Sweat and Beers de antanho.
E se, em vez deste comportamento trauliteiro e para começar o novo ano, fizéssemos um esforço para aprender as Leis do Jogo e a sua aplicação prática? Um esforço para que os treinadores fossem exigentes com os seus jogadores, educando-os de acordo com as Leis do Jogo; um esforço dos dirigentes para imporem o rigor das Leis do Jogo nas equipas dos seus clubes e decente comportamento aos seus adeptos; um esforço dos espectadores para que se comportassem como gente bem-educada. E se não há, como também sabemos, jogos sem árbitros e para um futuro com tudo a correr pelo melhor, porque não tentar uma parceria: criar o hábito de convidar os árbitros para se treinarem semanalmente com os diversos clubes.
Talvez assim pudéssemos fazer compreender a marca da nossa diferença: no Rugby, a vitória, sendo importante, não é o mais importante; o mais importante é poder pertencer a uma comunidade muito especial - a comunidade rugbística.
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2 de ago. de 2010
"RUGBY, UM JOGO PARA GENTE BEM-EDUCADA
2 LINHAS
Os jogadores de Segunda Linha costumam ser altos, fortes e devem ter muita habilidade de manuseio da bola.No Scrum, são responsáveis por quase toda força para frente. Por tal razão as vezes são chamados de " a casa de máquina do scrum". Para tal devem manter as costas retas e abraçarem-se o mais forte possível.
No Line-out os segundas linhas são os mais comuns puladores, aí entra em ação sua altura e seu manuseio da bola. Estes devem pular alto, manter sua estabilidade no ar e conseguir roubar a bola da oposição e garantir a própria bola independente da jogada chamada pelo hooker. O passe de cima do lineout deve ser preciso e rápido. Nos mauls formados a partir do line-out devem conseguir organizar a formação eficientemente e manter a bola em segurança ao tocarem o chão.
Em jogo, por terem bom manuseio da bola, são ótimos em ataques já que possuem braços longos, possibilitando um hand-off eficiente e muita força para 'quebrar' tackles mal sucedidos da oposição. Também são responsáveis por garantir ou recuperar a bola em rucks e mauls entrando nestas formações com as costas retas e bom posicionamento de corpo.
Tarefas Importantes: Ganhar as bolas nos alinhamentos; SCRUM
Treino Importante: Treino de SCRUM e treino de LINE OUT/alinhamentos
Treino Importante: Treino de SCRUM e treino de LINE OUT/alinhamentos
Hooker
Também conhecido como "Talonador". Entre os 8 jogadores que formam os "forwards", o Hooker tem duas grandes responsabilidades importantes:
- Eles hookeiam (puxam, também chamado de 'pinçar') a bola no scrum, para que a mesma seja retirada pelo scrum-half ou pelo Oitavo no fim do scrum;
- Lançar a bola para o line-out na lateral.
Por fazer parte da Primeira Linha é normalmente forte e com muita resistência física. Para o hooker é muito importante força nos braços e costas já que estes tem que segurar com toda força possível os pilares no scrum. Ainda é importante flexibilidade para poder hookear a bola enquanto o scrum estiver formado.
No Line out o hooker é responsável por lançar a bola com precisão para qualquer um dos puladores, estando no começo ou no final do line-out, lançando uma bola alçada para os puladores do fundo. Também é resposnável por cobrir o canal que fica entre a linha de 5m e a lateral.
Por ser da Primeira Linha é frequentemente encontrado em rucks e mauls garantindo ou tentando recuperar a bola do adversário.
Tarefas Principais: Introdução de bolas nos alinhamentos e talonar a bola no SCRUM.
Treino Importante: Treino de SCRUM e de introdução de bolas nos alinhamentos.
PILARES
A palavra Pilar significa aguentar ou suportar, e é precisamente isso que os pilares fazem num jogo de rugby. O pilar suporta o hooker num scrum ou um pulador no line out ou para pegar as bolas . Necessita essencialmente de força e tecnica .
Tipicamente pilares devem ter pescoços curtos e ombros largos por causa da força que é passa por toda coluna do jogador na hora do scrum. Idealmente ambos pilares devem ter a mesma altura para fornecer estabilidade ao hooker.
Como são os jogadores que recebem o maior impacto no scrum, devem ser fortes e resistentes, principalmente nos braços, costas e peito. Também nas pernas, já que todo impacto do scrum deve ser absorvido pelas pernas dos jogadores. Tipicamente o Pilar Direito é maior porque tem a responsabilidade de manter o scrum em pé.Há 2 pilares por equipe: O Pilar Aberto (nº1) e o Pilar Fechado (nº3).
O pilar aberto é o que fica do lado esquerdo do hooker, lado por onde o formação introduz a bola no scrum. Chama-se pilar aberto porque após o encaixe no scrum a sua cabeça fica solta no lado de fora do scrum.
A missão de um pilar aberto nos scrum é fazer com que o seu hooker consiga ver como deve ser a bola quando esta é introduzida no scrum .
Para o fazer, o pilar tem que conseguir fazer com que o pilar oposto não destrua o scrum e estrague a vista do hooker.
O Pilar Fechado é o que fica do lado direito do hooker. A sua função é manter o scrum estável e firme quando é a sua equipe vai introduzir a bola, ou tentar destabilizá-la quando a introdução da bola pertence ao equipe adversário.
Nos alinhamentos, os pilares levantam e protegem os puladores dos puladores adversários.
Devido à sua força, os pilares são normalmente usados para levar a bola nos mauls e rucks.
Os pilares devem usar todo o braço, da mão ao ombro, para agarrar o corpo de seus oponentes na linha das axilas (ou abaixo da mesma). Eles devem agarrar a camisa de seu oponente na lateral ou atrás. Eles não podem ir por baixo e agarrar a gola ou a manga do braço.
Os pilares freqüentemente buscam um late bind quando formam no scrum.
Ao manobrarem seu braço, eles podem manipular a posição do corpo de seu oponente, o que lhes dá uma vantagem significativa ao empurrar; no entanto, os juízes restringem esse movimento devido a razões de segurança.
No line-out é esperado dos pilares força suficiente para levantar os Segundas Linhas ou Terceiras Linhas com rapidez e estabilidade, conforme a jogada chamada pelo Hooker. Pilares também são usualmente os primeiros a formar o maul nos line-outs e devem garantir uma base boa para o mesmo mantendo as costas retas.Tarefas Importantes: Scrums e suportar os puladores
Treino Importante: Treinos de Força e de Scrum .
The Rugby Spirit
Significa entender que respeito é um assunto inegociável.
É viver com paixão cada momento de nossa vida.
É superar as adversidades.
É aprender que o esforço é o único meio possível de superar os limites.
É driblar no campo, mas nunca na vida.
É imitar os bons exemplos que nos rodeiam.
É pensar antes de agir. É compartilhar.
É saber que o árbitro sempre tem razão, por mais que esteja enganado.
É ter humildade para poder aprender e logo a mesma humildade para saber ensinar.
É dizer NÃO à violência.
É fazer amigos todos os sábados e domingos.
É compartilhar o terceiro tempo até o final.
É assumir um compromisso.
É sonhar o tempo todo.
É ensinar dando o exemplo.
É ganhar às vezes, mesmo sem ter ganhado o jogo.
É cuidar do seu clube.
É caminhar com a cabeça erguida para sempre.
É saber que o compromisso, a disciplina e todos os valores do rugby se estendem mais além do campo e devem ser empregados em todos ambientes da vida.
Video : Individuals vs Shields
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